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UFV e Universidade Eduardo Mondlane, de Maputo, celebram parceria com exposição virtual “Moçambique é maningue nice”

Organizada pelo grupo Observatórios Atlânticos (OBA), da Universidade Federal de Viçosa (UFV), a exposição online “Moçambique é maningue nice” tem por objetivo apresentar o convênio estabelecido entre a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), localizada em Maputo, capital de Moçambique, e a UFV. Ela pode ser acessada em www.jornalismo.ufv.br/mocambique. Fazem parte da organização as professoras da UFV Mariana Bretas (Departamento de Comunicação Social) e Priscila Dorella (Departamento de História), além do pesquisador Matheus Pereira, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Em 2019, o Departamento de História da UFV estabeleceu um convênio com a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em Maputo, Moçambique, sinalizando um horizonte instigante e crítico de aprendizado para compartilhar experiências, estabelecer conexões, transformar realidades e fazer viver novas histórias. “Estamos na UFV cada vez mais interessados em pensar a África para além da escravidão, da exploração mineral e dos experimentos agrícolas. Aproveitamos a oportunidade para compartilhar vislumbres de Maputo, construir pontes e romper com estereótipos sobre o continente africano”, diz o site. A exposição conta com fotografias dos espaços urbanos da cidade e exemplos da riqueza cultural do país.

A gíria que dá origem ao nome da exposição, “maningue nice”, é usada por moçambicanos para definir aquilo que gostam, assim como usamos “legal”, “maneiro”, “da hora” no Brasil. A maioria dos brasileiros desconhece a expressão, assim como desconhece Moçambique. O país proclamou sua independência em 1975, conquistada após intensas batalhas contra o colonialismo português. Maputo, construída no final do século XIX e início do XX, desde cedo teve que conviver com as marcas das ambiguidades do projeto segregacionista racista colonial e a multiplicidade cosmopolita das muitas origens de seus habitantes. Maputo não é um resumo de Moçambique, mas é por meio dessa grande cidade do sul da África que se pretende mostrar ao público algumas das belezas e riquezas culturais do país, como a marrabenta (principal ritmo musical), alguns exemplos de sua literatura, o espaço urbano identificado pelas ruas com nomes de líderes revolucionários, as cores das capulanas (tecidos típicos da região), o cotidiano de seus habitantes e o pôr do sol no Oceano Índico.

A produção do site que comporta a exposição “Moçambique é maningue nice” teve a participação dos servidores técnico-administrativos do DCM Diogo Rodrigues (design gráfico) e Rafael Borges (edição de vídeo), além da estudante Laísa Rodrigues, do 3º período.

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